Fabio Merlin, educador e mantenedor da Rede Prosper, ressalta que a comunidade escolar precisa estar conectada com as tendências mundiais
A inovação é fundamental em qualquer área, sobretudo na educação. No pós-pandemia, a competitividade do mercado e a necessidade de atender às demandas dos estudantes e de seus familiares tornaram-se ainda mais nítidas, exigindo, para o sucesso das instituições, o investimento em melhorias nesse setor. E, para fazer isso de forma significativa, é essencial comunicar bem todos os processos e realizá-los no melhor momento: agora.
“Com o investimento de recursos em inovação, sejam eles de tempo, dinheiro e o que mais for necessários, especialmente energia e vontade, podemos melhorar o aprendizado dos estudantes, prepará-los para o futuro, dar acesso a novas tecnologias e permitir que aconteça a melhoria do ensino com mais eficiência. Acredito que estamos no melhor momento para fazer isso, já que a pandemia acelerou os processos e descortinou uma necessidade de vivências e pensamentos inovadores”, diz Fabio Merlin, educador e mantenedor da Rede Prosper.
Segundo o especialista, é necessário investir na implementação de novas tecnologias, metodologias de ensino inovadoras, novas formas de avaliação e gerenciamento escolar. Outro ponto importante é a preparação de maneira definitiva para personalização do aprendizado, aprendizagem online, desenvolvimento de competências digitais, cuidado e bem-estar integral (oferecendo suporte emocional e mental) dos alunos e suas famílias, além da capacitação e educação para habilidades práticas, como solução de problemas, colaboração e comunicação eficaz.
Como promover inovações significativas para a instituição de ensino
Para garantir a relevância das transformações, Merlin conta que é fundamental conhecer bem a instituição: “O ponto mais crucial para promover inovações significativas é agir de maneira coerente com o propósito e a entrega de valor do negócio. Não podemos acelerar um processo de inovações que descole do DNA da escola. Temos que cuidar para que seja um fluxo gradual e contínuo para que os resultados e a mudança sejam percebidos e os resultados apareçam.”
Segundo o mantenedor, as instituições que desejam inovar – ou já fazem isso – precisam incluir os seguintes elementos em seu mindset:
experimentações;
tolerância ao erro honesto;
atenção para identificar uma necessidade real do mercado ou da sociedade;
estimular a criatividade e o pensamento fora da caixa;
investir em pesquisa e desenvolvimento;
ser receptivo a feedbacks;
ter uma visão de longo prazo;
estar atento às tendências e mudanças no mercado.
Com esses pontos colocados em prática, é possível entregar aos estudantes, às famílias e à sociedade uma educação de qualidade, sintonizada com o mundo. Alcançar esse objetivo seria impossível sem pensar em melhorar e inovar diariamente.
Como garantir que as inovações aconteçam no cotidiano da instituição?
“A primeira palavra que me vem à cabeça é ENGAJAMENTO. Estruturar bons processos de comunicação para que essas inovações sejam comunicadas de maneira clara e transparente para professores, alunos, famílias, funcionários e sociedade. Além de escolher canais eficientes para que essas mensagens sejam distribuídas”, aponta Fabio Merlin.
Para isso, é essencial treinar todos os envolvidos, assegurando que eles entendam como as inovações funcionam e como podem ser aplicadas em seu trabalho diário. Outro ponto importante é estar aberto ao feedback da aplicação dessas inovações. Além disso, o processo de engajar as equipes depende, essencialmente, da atuação dos líderes – que devem agir como exemplo para os demais e conversar sobre as transformações.
Quais os benefícios da inovação educacional?
Se for bem aplicada e gerida nas escolas, a inovação traz diversos impactos positivos. Merlin cita alguns efeitos que podem ser vistos nas instituições:
melhoria na qualidade e nos resultados do ensino;
desenvolvimento de habilidades essenciais;
acesso a mais recursos de aprendizado;
mais flexibilidade no aprendizado;
melhorias significativas na empregabilidade;
redução dos custos;
maiores resultados de sustentabilidade financeira das instituições públicas e privadas.
Por fim, o palestrante aponta uma esperança quanto ao futuro do ensino nacional: “Colocar a lupa em dados seguros, questionar com a intenção de quebrar de paradigmas e agir de maneira respeitosa e inovadora pode ser um caminho para colhermos bons frutos na educação brasileira dos próximos anos.”
Fabio Merlin falou sobre o tema “Capturando o futuro para o presente: fazendo a inovação acontecer agora” no GEduc 2023.
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