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Ganhadores do ensino básico e seus respectivos trabalhos na modalidade “Responsabilidade Social”.

O grande vencedor do dia, na categoria Responsabilidade Social foi o Colégio Farroupilha, com o projeto “A Economia Circular em Prática: A Feira de Reuso de Uniformes”, confira o case completo:


1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL

1.1. Histórico da Prática Eficaz

O Colégio Farroupilha é uma das instituições de educação básica de maior tradição do Rio Grande do Sul. Foi fundado há 136 anos pela Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 (originalmente chamada Associação Beneficente Alemã), uma entidade criada para auxiliar os imigrantes alemães e seus descendentes que estavam chegando ao sul do Brasil.

Em nossa sociedade, o estímulo ao consumo desenfreado e a concepção de que todos os bens materiais são descartáveis e de fácil reposição contribuem, de forma decisiva, para o modo como entendemos nossa atuação enquanto cidadãos. A escola tem um papel fundamental na difusão de informação, no estímulo a discussões e na internalização de valores com foco na mudança de postura. No entanto, entendemos que, mais do que isso, a escola precisa integrar a temática da sustentabilidade ao currículo escolar, fazendo com que as discussões se tornem cotidianas e cada vez mais profundas.

No Colégio Farroupilha, a sustentabilidade é um dos valores que norteiam todas as ações desenvolvidas, integrando o planejamento estratégico da instituição. A troca de uniformes entre as famílias sempre foi uma prática presente no contexto escolar. A partir de uma iniciativa de um grupo de pais de estudantes da unidade Três Figueiras, ocorreu, em 2015, a primeira edição da Feira de Reúso de Uniformes Escolares do Colégio Farroupilha, que incentivou e promoveu a economia circular junto à comunidade escolar. Com o objetivo de possibilitar que os uniformes em bom estado, os quais seriam descartados, fossem destinados a outros estudantes da instituição, o grupo de pais organiza, semestralmente, a distribuição das peças. Desde o início do projeto, cerca de 26 mil peças foram distribuídas entre a comunidade escolar…

A Feira de Reúso de Uniformes do Colégio Farroupilha acontece anualmente, ao longo de todo o período letivo, por meio do recebimento contínuo de peças de uniformes usados. A distribuição das peças às famílias participantes ocorre por meio de duas edições da Feira, que ocorrem, normalmente, nos meses de março e outubro, durante os dois turnos escolares (manhã e tarde), nas unidades Três Figueiras e Correia Lima.


1.2. Objetivos da Prática Eficaz

A Feira de Reúso de Uniformes do Colégio Farroupilha tem como objetivo principal possibilitar que os uniformes em bom estado, que seriam descartados, sejam destinados a outros estudantes da instituição.


1.3. Público Alvo Atingido

Além dos estudantes das duas unidades do Colégio Farroupilha (Correia Lima e Três Figueiras) que são beneficiados com as peças de uniformes, a Feira de ReÚso envolve as famílias, responsáveis pelas doações das roupas durante o ano todo, o grupo de pais e mães voluntários da iniciativa, além de instituições que recebem algumas das peças.


1.4. Descrição das Atividades Implantadas

Antes da realização da Feira, as famílias são convidadas a participar de uma campanha de arrecadação, que ocorre ao longo de todo o ano letivo. As recepções das unidades servem de pontos de coleta para os uniformes que não são mais utilizados e que estão em boas condições. Durante as Feiras, as famílias podem escolher, gratuitamente, peças de uniformes das quais os seus filhos estejam precisando. Todo o trabalho é realizado de forma voluntária pelos pais, e novos integrantes podem se juntar ao grupo.

Todos os uniformes doados pelas famílias passam por uma triagem, que separa as peças em três categorias: peças que serão destinadas à Feira de Reúso e que beneficiarão os próprios estudantes das unidades Três Figueiras e Correia Lima; peças que serão customizadas com adesivos termo colantes em cima da marca do Colégio e posteriormente doadas a instituições que atendem crianças e adolescentes; e aquelas que não têm mais condições de uso são destinadas ao programa SESC Envolva-se.

Em 2021, os estudantes dos Anos Finais da Unidade Três Figueiras, de forma voluntária, ajudaram a customizar, por meio da técnica tie-dye, as camisetas brancas que foram doadas a crianças em situação de vulnerabilidade social.


1.4.1 Campanha anual de arrecadação

O grupo de pais voluntários que conduzem a Feira de Reúso recebe, durante todo o ano, as peças de uniformes que, posteriormente, passam por uma triagem para serem distribuídas nas edições da Feira. Para conscientizar a comunidade escolar e promover uma melhor arrecadação, é realizada uma campanha de comunicação com o objetivo de arrecadar novas peças e divulgar a data da próxima edição da feira.


1.4.2 Campanha específica para o 9º ano dos Anos Finais e a 3ª série do Ensino Médio

No Guia de Uniformes do Colégio Farroupilha, desde 2017, as turmas que integram o Ensino Médio (1ª, 2ª e 3ª séries) possuem um uniforme diferente dos demais níveis de ensino. Neste ano, será realizada uma sensibilização específica com os estudantes do 9º ano dos Anos Finais, que integrarão o EM no próximo ano, para doação dos uniformes anteriores. Também será realizado o mesmo movimento com as turmas da 3ª série, que estão concluindo o Ensino Médio.


1.4.3 Conscientização com os estudantes em sala de aula

No mês de maio, um grupo de mães integrantes da Feira de Reúso conversou com os estudantes do 5º ano sobre o projeto. Neste momento, elas explicaram como ocorre a feira, a separação dos uniformes, a customização e a doação das demais peças para as instituições parceiras que são beneficiadas com a feira.


1.4.4 Feira de ReÚso

A Feira de Reúso, ação que dá nome ao projeto, ocorre em dois momentos durante o ano, nos meses de março e outubro, com a distribuição de peças de uniformes por família. Essas peças são separadas por tamanho e tipo e expostas para que as famílias possam escolher a partir da necessidade de seus filhos. As edições realizadas em 2022, na unidade Três Figueiras e na unidade Correia Lima, distribuíram mais de 10 mil peças.

Desde 2021, os pais voluntários da Feira separam parte dos uniformes e aplicam um adesivo termo colante em cima da marca do Colégio Farroupilha para que as peças possam ser doadas a diferentes instituições.

Neste ano, durante a Rodada Sustentável Farroups, um evento para refletir e praticar a sustentabilidade, o ex-aluno, escritor e ilustrador Carlos Augusto Pessoa de Brum, o Cadu, realizou um workshop com as turmas do Farroups+ do 3º ao 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, durante a oficina Creative Minds, e com os estudantes do Grêmio Estudantil Farroupilha (GEF). O grupo auxiliou na criação de personagens e ícones que serão transformados em adesivos autocolantes para os uniformes doados durante a Feira de Reúso.



 

Quem levou o troféu de prata para casa foi o Colégio Marista Ipanema, com o trabalho intitulado "Escola como Espaço de Partilha de Conhecimentos"


Confira um pouco mais do case:


1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL

1.1. Histórico da Prática Eficaz

Em nível global se fala das habilidades para o século XXI, e entre as mais citadas são consideradas a resolução de problemas, o raciocínio lógico e o pensamento crítico. É possível acessar dados cada vez com mais agilidade atualmente. Estas habilidades lançam um outro olhar, sobre o que fazer com os dados acessados, pensando essencialmente o

fator humano. O conteúdo em si pode ser buscado, mas o tratamento que é dado a ele exige pessoas que saibam pesquisar e articular estas informações, direcionando-as a determinados objetivos.

Já no âmbito nacional estava se estruturando o documento Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com o intuito de ser orientativo ao currículo de todas as escolas brasileiras. O documento em sua versão final é de 2018, mas a discussão iniciou anos antes.

Pela primeira vez no país a proposta era de que todos pudessem desenvolver habilidades e competências. Dentre as competências gerais da BNCC fala-se em “elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e inventar soluções com base nos conhecimentos das diferentes áreas” (competência geral 2); e “Exercitar a empatia, o diálogo (...) reconhecendo-se como parte de uma coletividade com a qual deve se comprometer.” (Competência geral 9).

A Rede Marista atua em um currículo por habilidades e competências desde 2012 e já está em sua 4ª edição, inclusive alinhada à BNCC. Neste documento também é possível identificar a preocupação com o desenvolvimento integral dos sujeitos, olhando para seu processo de desenvolvimento, e não apenas com a memorização.

A Rede Marista realiza avaliações externas de larga escala para poder acompanhar seus resultados e ter indicadores objetivos para seus processos. Em 2017, antes de iniciarmos o projeto de Pensamento Computacional com as turmas de 5º ano, realizávamos as provas do Sistema Marista de Avaliação (SIMA). Lá contávamos com os percentuais de estudantes

Precisávamos, neste contexto, olhar para o desenvolvimento destas habilidades essenciais relacionadas à resolução de problemas. Foi assim que surgiu a proposta de oferecermos semanalmente oficinas de Pensamento Computacional para os estudantes de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental.

Visando suprir tais competências e habilidades, a inserção do Pensamento Computacional (PC) no ensino básico se tornou uma possibilidade para dar suporte aos estudantes visando um processo de ensino e aprendizagem apropriado. Portanto, esses quesitos se tornam relevantes para o ensino, proporcionando ao estudante a possibilidade de construção de seu conhecimento a partir de uma postura ativa e reflexiva, descentralizando a aprendizagem da forma tradicional, podendo tornar a aprendizagem significativa para o educando.

O PC não se resume simplesmente a utilização de forma correta de ferramentas computacionais (dispositivos eletrônicos, hardware e software), mas é uma forma de estruturar soluções de problemas utilizando conceitos e conhecimentos da Computação.

Para viabilizar as oficinas internamente, a gestão e a equipe de tecnologias educacionais começou a se debruçar sobre o tema, bem como a oferecer formações continuadas para os professores da casa. Nestes momentos formativos surgiu a reflexão: se este tema tem feito a diferença na realidade de nossa escola, poderia também fazer a diferença em outras realidades.

Desta reflexão, surge o projeto!


1.2. Objetivos da Prática Eficaz.

Objetivo geral

• Promover o desenvolvimento integral de estudantes da educação básica através do Pensamento Computacional


Objetivos específicos

• Realizar pesquisa sobre o Pensamento Computacional na educação básica e partilhá-lo com educadores de diferentes realidades;

• Promover formação continuada de educadores de escola pública, com partilha de recursos didáticos e de conhecimento;


1.3. Público Alvo Atingido


De forma direta, com a parceria com a escola Monte Líbano atingimos com as formações 12 professores, de uma escola de pequeno porte, com cerca de 200 estudantes.


1.4. Descrição das Atividades Implantadas.

A partir da realidade de nossos resultados educacionais e analisando tendências inovadoras em educação, decidimos implementar em 2018 oficinas semanais de pensamento computacional nas turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental. Estas oficinas aconteciam/acontecem com docência compartilhada, onde um monitor de tecnologias educacionais e a professora unidocente da turma atuam juntos, dinamizando as atividades.

Vimos nossos resultados internos avançarem significativamente, em especial nas habilidades relativas a resolução de problemas e raciocínio lógico.

Para tal, capacitamos nosso grupo de professores com formação continuada nesta temática.

Em uma das formações surgiu o diálogo sobre a realidade das escolas públicas que, infelizmente, em sua maioria não possuem acesso, nem a formação continuada e nem recursos materiais para dinamizar estas atividades.

Em 2021 recebemos em um comunicado interno de nossa rede de ensino que a Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS) havia lançado um edital para financiamento de projetos de pesquisa voltados para o ensino híbrido na educação básica.

Formalizamos um grupo de pesquisa interno, composto pelo Vice-diretor educacional, professor de matemática de 6ºs e 7ºs anos do Ensino Fundamental, monitora responsável pelo setor de tecnologias educacionais do colégio, o monitor de tecnologias que dinamiza as oficinas com as turmas de anos iniciais e uma pesquisadora do tema, que é docente junto à Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFSCPA).

Este grupo passou a reunir-se. Primeiro para elaborar o projeto para a FAPERGS, que foi entre os meses de junho e agosto de 2021. Após a aprovação, passou a reunir-se semanalmente, com início em outubro de 2021 e seguirá assim até março de 2023.

O projeto, que consta em anexo, prevê a oferta de formação continuada para docentes de educação básica de duas instituições de ensino: a própria instituição proponente; e a escola pública geograficamente mais próxima, a saber a Escola Estadual Monte Líbano.

Prevê a oferta de três encontros de formação continuada para cada uma das escolas; a aquisição de jogos pedagógicos que foram divididos entre as duas escolas; além da produção e partilha de conhecimento.

Enquanto pesquisa, a intenção é mensurar o impacto desta formação continuada no

planejamento docente, ofertando cada vez mais uma formação assertiva, potencializando as aprendizagens dos estudantes através do Pensamento Computacional.

A gestão dos recursos, da prestação de contas, da sistematização e partilha dos conhecimentos e formações continuadas ficam a cargo da escola proponente.

Destaca-se que o orçamento do projeto para aquisição de jogos é de origem da FAPERGS, e não do colégio. A equipe do projeto de pesquisa do colégio realiza a gestão dos recursos.

Acreditamos ser inovador o fato de uma escola de educação básica propor e manter um grupo de pesquisa, gerando ciência. A partir disso, também ser um diferencial a partilha dos conhecimentos produzidos com outros educadores, através da inscrição em eventos científicos, escrita de artigos e divulgação de planos de atividades. Vale destacar que a riqueza de acompanhar a formação continuada de docentes de duas realidades oportuniza mais detalhes e ideias para os materiais produzidos.

Ainda merece destaque a inclusão da Escola Estadual Monte Líbano como público alvo do projeto, seja com seus educadores participando da formação continuada sobre Pensamento Computacional, seja recebendo jogos pedagógicos.



 

E o terceiro lugar, levando o troféu de bronze, mas não menos importante, foi o CEAP - Centro Educacional Assistencial Profissionalizante, com o trabalho "Formação Humana e Tecnológica"


Acompanhe abaixo:


1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL

1.1. Histórico da Prática Eficaz

Em 1985, um grupo de universitários que frequentavam a politécnica da USP (Universidade de São Paulo), foram unidos pelo desejo em comum de fazer a diferença no mundo. Esse desejo de estar onde mais se precisava de ajuda, levou o grupo de jovens ao extremo sul de São Paulo, no bairro de Pedreira, região com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano da cidade de São Paulo, conforme constatado em pesquisa. Na Pedreira, bairro com alto índice de criminalidade, analfabetismo, com pouco saneamento básico e acesso a recursos limitados, ali, onde inicialmente era um aterro clandestino, e que foi cedido pela prefeitura, nascia o que no futuro seria chamado de CEAP.

Alinhado ao mercado que mais crescia e carecia de mão de obra na época, ao interesse dos moradores locais e a necessidade de se democratizar o acesso à tecnologia, o primeiro curso desenvolvido na organização, composta então apenas por uma construção rústica de madeira, com uma única sala de aula e escritório administrativo, foi o curso Rádio e Televisão com uma turma de oito alunos.

Além da formação técnica, que era e é até hoje o caminho que o CEAP utiliza para proporcionar aos seus beneficiários acesso a melhores condições, o grupo de universitários pautou o que é até hoje o pilar da metodologia desenvolvida dentro da organização, a formação humana. Vital e necessária para que os jovens beneficiados pelo projeto não só tenham acesso ao mercado de trabalho, se tornando bons profissionais, mas acima de tudo essencial para que se formem como excelentes pessoas, capazes de transformar a sua comunidade e o mundo através do exemplo ético e de um trabalho realizado em prol do outro e da sociedade.

Com o passar dos anos, novos cursos foram desenvolvidos, atraindo um número cada vez maior de jovens, mais pessoas se engajaram à causa realizando contribuições para que todo o projeto fosse capaz de sair do papel (muitos, inclusive, contribuem até hoje com a organização). Antigos alunos se tornaram profissionais da organização, pais abraçaram o CEAP e se tornaram voluntários. O CEAP começava a crescer e atingir mais jovens da região, abrangendo assim um maior território, começando a executar o que viria a ser a visão da organização, ser uma instituição catalisadora do desenvolvimento humano.

Os cursos oferecidos pelo CEAP, sempre relacionados à tecnologia, foram ganhando cada vez mais espaço, até o ano de 2013, os cursos técnicos oferecidos eram nas áreas de Eletrônica, Telecomunicações, Administração e Telemática, além dos cursos profissionalizantes nas áreas de Eletricidade, Automação e Programação.

Em 2013 o CEAP preparou um plano para iniciar em 2014 mais um de seus cursos de tecnologia seguindo as tendências do mercado, e com aprovação da Diretoria de Ensino SUL1, o curso Técnico em Informática. Atacando diretamente a necessidade imediata e crescente do mercado por profissionais muito bem qualificados tecnicamente. Se tornando rapidamente um dos cursos mais procurados da instituição, o curso Técnico em Informática promove formação nas competências mais atuais da hiper-mutante área da tecnologia.

Sendo analisado e atualizado anualmente por referências do mercado e instituições

de tecnologia renomadas como FIAP e FGV, o curso se mantém com grande adesão até os dias atuais, abordando temas bastante consistentes com o que vê-se no ambiente corporativo, à exemplo de linguagens de programação como Python e Javascript, além de metodologias ágeis de Scrum e Kanban.


1.2. Objetivos da Prática Eficaz.

O objetivo principal do CEAP em todos os seus cursos é oferecer uma formação completa aos alunos, tanto a formação técnica quanto a humana e esses mesmos princípios se aplicam para o curso Técnico em Informática.

No aspecto humano, por reconhecer a importância da participação dos pais para a evolução do aluno - principalmente em contextos de vulnerabilidade social, onde grande parte dos jovens sofrem com conflitos e/ou ausências familiares -, durante todo o período do curso, o CEAP busca incluir a participação dos mesmos em seu processo formativo, convidando-os a participarem, mensalmente, do nosso curso de Formação de Pais. Neste curso, os pais são formados e instruídos sobre como ter uma melhor relação com seus filhos e como tratar assuntos delicados e que rodeiam esses jovens na atualidade, como drogas, criminalidade, sexualidade, carreira e futuro.

Além disso, o aluno também conta com o acompanhamento de um preceptor durante todo o processo formativo no CEAP. Esse profissional (que possui a função de um mentor ou tutor), encontra-se individualmente com o aluno periodicamente para conversar sobre seu desenvolvimento e sobre sua vida pessoal, dentro daquilo que o aluno sentir-se à vontade de compartilhar. O CEAP reconhece que o sucesso de um aluno não depende unicamente de seu esforço acadêmico, mas sim de toda a rede de apoio que possui ao seu redor.

Uma vez que o aluno tem um forte apoio humano, podemos falar sobre os objetivos profissionais específicos do curso Técnico em Informática.

Diante do contexto de mundo que tende a uma alta e rápida digitalização, o CEAP, após pesquisar e conversar com conselheiros empresas parceiras, entendeu que as profissões que envolvessem desenvolvimento de sistemas, análise de dados e segurança da informação dominariam o mercado nos próximos anos - e é isso que vemos atualmente.

Por fim, o curso Técnico em Informática visa solucionar essas duas grandes fraquezas de mercado: a escassez de profissionais de tecnologia qualificados e a falta de emprego e oportunidade para jovens da periferia - justamente pela ausência de uma formação acessível no assunto em questão - através da ministração dos conteúdos e matérias anteriormente citadas.


1.3. Público-alvo Atingido

Devido à profundidade e seriedade do que é ensinado, o público-alvo de alunos do projeto é formado por estudantes do Ensino Médio, que tenham entre 14 e 18 anos, e que tenham a renda per capta familiar de até 1 salário-mínimo e meio. Com esse público, conseguimos garantir que o aluno terá um melhor aproveitamento do conteúdo que será ensinado.

Observamos ainda que toda a grade do curso visa deixar o aluno o mais pronto possível para ingressar no mercado de tecnologia logo após sua formação. O CEAP entende que todo o aprendizado chega em seu estado pleno quando colocado em prática, por isso optou-se por uma faixa de idade em que o jovem possa estagiar logo após formado.


1.4. Descrição das Atividades Implantadas.

O curso foi organizado em quatro módulos semestrais, onde cada módulo possui duração de 252 horas aula, totalizando 1008 horas/aula. Com o estágio supervisionado de 100 (cem) horas/ aula, totalizando em 1108 horas/aula.

Em todos os módulos estão presentes componentes curriculares de cunho teórico e prático, que são desenvolvidos em laboratórios adaptados para o desenvolvimento dos alunos, sempre com a coordenação de um professor. Dentro do curso, destacam-se as seguintes atividades que são ministradas:


● Matérias para embasamento e conhecimentos gerais: Leitura e Produção de Texto, Inglês, Matemática, Administração e Empreendedorismo, Educação Física e Ética;

● Matérias de desenvolvimento técnico em tecnologia: Lógica de Programação, Desenvolvimento de Software, Banco de Dados, Programação, Sistemas Operacionais, Projetos e Aplicativos.


Já em relação à formação humana, a instituição oferece aulas de Ética e Cidadania aos alunos, encontros individuais entre preceptores e jovens e cursos de Formação de Pais aos responsáveis, no qual é trabalhado diversos temas que envolvem pautas do dia a dia.


Durante o semestre, os temas dos encontros realizados foram definidos com base na situação do país e nos principais problemas enfrentados pelos professores e conforme a literatura. Foram eles: Impacto do isolamento social na saúde mental; Estratégias de coping na Síndrome de Burnout; Intervenção em crise”; Suicídio - qual o papel do professor?; Resolução de conflitos; e Raça, Cultura, Gênero, Sexualidade e Povos Indígenas do Brasil.

No 2º semestre de 2022, as atividades ocorreram às quartas-feiras, às 18h, com duração de 1h via Google Meet. Os temas abordados foram:

1º Encontro: Intervenção na crise psíquica

2º Encontro: Pandemia de sofrimento psíquico

3º Encontro: Racismo, cultura e povos indígenas

4º Encontro: Gênero e sexualidade

5º Encontro: Comportamento suicida

6º Encontro: Uso de substâncias no meio universitário

7º Encontro: Resolução de conflitos e Comunicação não violenta

As atividades foram certificadas e os docentes puderam escolher participar ou de todas as atividades ou de encontros específicos, sendo a participação confirmada através de um formulário disponibilizado no momento de cada atividade. Os professores também puderam acessar a turma no Google Classroom.

Em novembro de 2022, foram elaborados o relatório do projeto e a solicitação de continuidade para 2023.


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