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Nova era da educação pede mudanças no mindset de gestores

Instituições de ensino precisam ter visão ampla e considerar experiências bem-sucedidas em outros setores para trazer elementos inovadores para o dia a dia do negócio


O uso da tecnologia na educação foi acelerado pela pandemia, mas, para que uma nova era na educação aconteça e se consolide, é preciso que mudanças ocorram em relação a metodologias, conteúdos, papel do professor, engajamento dos alunos e mentalidade dos gestores.


“Vemos empresas colocando um conteúdo muito parecido com o da sala de aula dentro dos ambientes de educação a distância. Só que isso não é uma revolução na educação. O professor tem que trazer análises e bastidores, porque o resto está disponível na internet”, afirma Gustavo Caetano, CEO e fundador da Samba Tech, empresa focada em transformação digital e inovação para o mercado de educação.


Outro ponto importante a ser observado é a qualidade e a relevância desse conteúdo para o público-alvo. Isso significa saber qual linguagem usar, como se comunicar e levar o aluno a participar da construção do seu conhecimento e a ter uma experiência cada vez mais personalizada.


“Também é fundamental que o aluno se sinta parte de algo, de um grupo, de uma comunidade. Para isso, os professores e os sistemas de ensino precisam colocar esse estudante trabalhando em times e tendo interação o tempo todo, não só com o docente, mas também com os seus pares. Essa dinâmica, que tem no digital e nas tecnologias suportes para que ocorra, é extremamente importante no contexto dessa nova educação”, destaca o CEO.


Segundo ele, essa nova geração de alunos vai requerer uma experiência mais fluida do que havia antes, parecida com o que eles têm no YouTube, por exemplo. “Eles querem uma experiência gamificada, que mistura a lógica de jogos e a diversidade de pensamentos e conhecimentos e que é voltada para a resolução de problemas. Mas eles também têm que aprender a usar bem as novas ferramentas digitais, que podem ajudar muito na aquisição de conhecimentos. E nós temos que ensinar isso.”


Lógica da simplicidade


Em relação à gestão exponencial -- que está ligada ao mundo digital e a startups e empresas que têm conseguido trazer metodologias de gestão diferentes das tradicionais e que permitem um crescimento exponencial do negócio --, Caetano diz que o uso desse novo modelo requer uma mudança na mentalidade das pessoas.


“Nesse mundo mais dinâmico, precisamos ter estruturas internas que não são engessadas. Agora são times multidisciplinares, que misturam profissionais de diferentes setores, e não áreas estanques de marketing, vendas ou pedagógica. É preciso fazer todas conversarem para resolver os problemas do aluno e não mais ficar só olhando cada uma internamente.”


De acordo com ele, mudar essa estrutura traz leveza e simplicidade. “A lógica desse novo mercado e das empresas com crescimento exponencial é a lógica do simples: fazer simples, pensar simples. Olhar para o aluno e para a instituição de ensino e pensar como simplificar as coisas e reduzir os atritos. Por exemplo, não posso criar um modelo de pagamento que seja fluido, como a Netflix ou outros que você nem se lembra que paga todo mês?”


Para ele, as empresas precisam ter essa visão mais ampla para pensar o que trazer para o dia a dia do negócio e não ficar apenas no mundo da educação, olhando para o que os outros players do setor fazem bem, porque isso já é conhecido. “O que eu posso trazer do McDonalds para uma instituição de ensino? O que a Amazon faz bem? E o Ifood? O desconhecido e o que poucos fazem é o que vai representar a diferença.”


Caetano observa que a lógica da simplicidade, de reduzir e cortar também está ligada ao engajamento, pois sem isso não se compartilha conhecimento, não se experimenta coisas novas e não se testa modelos diferentes. “Essa lógica também é falhar rápido, falhar barato, falhar constantemente, mas aprender com os erros. Não precisa fazer grandes projetos. A transformação de uma empresa não acontece de virada. Ela começa pelas beiradas, transformando as pontas e isso contamina o todo. Comece com pequenas experiências e daí para o todo. Assim que se constrói uma gestão exponencial.”



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Gustavo Caetano vai falar sobre “A nova era da educação e da gestão exponencial” no GEduc 2021.


O GEduc é o maior Congresso de Gestão Educacional do país. Realizado pela HUMUS, empresa que desenvolve capacitações para gestores de universidades e escolas, o evento será online e vai reunir mais de 30 palestrantes e conteúdos inovadores para discutir a “A nova era da educação e da gestão exponencial''. Serão cinco dias – de 12 a 16/04 – de imersão às novidades e tendências da área educacional. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo link.

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