Pesquisa inédita, elaborada pelo GEduc, Congresso de Gestão Educacional do Brasil, promovido pela HUMUS, com gestores das principais instituições de ensino do país, revela pontos de atenção como saúde mental, uso estratégico da Inteligência, guerra do ticket, entre outros
O Indicador GEduc, levantamento feito com 116 líderes educacionais , incluindo participantes da Educação Básica e do Ensino Superior, mostra que há aspectos que devem ser melhorados na gestão das instituições de ensino brasileiras, como por exemplo, o melhor uso da Inteligência Artificial (IA), a implementação de uma política estruturada de saúde mental nas organizações e a sobrevivência à guerra do ticket.
A pesquisa é o termômetro do gestor educacional e faz parte da 22ª edição do principal Congresso de Gestão Educacional do Brasil – GEduc, promovido pela HUMUS, empresa que realiza capacitações para gestores de universidades e escolas.
Um dos dados que mais chamam a atenção refere-se à saúde mental. Quando questionados sobre o fato de possuírem uma política estruturada com relação à saúde mental dos professores e dos alunos, 40,2% dizem não a possuir. Por depender não apenas de questões emocionais de cada indivíduo, mas em grande parte de aspectos ambientais, esse assunto tem sido debatido socialmente, mas ainda precisa ser de fato implementado dentro das escolas. Para se ter uma ideia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é um estado de bem-estar que permite aos indivíduos o desenvolvimento de habilidades pessoais que contribuem para a vida em comunidade.
“Avançamos em entender que saúde mental, competências socioemocionais e projeto de vida estão conectados. Agora, precisamos dar continuidade a esse trabalho”, afirmou o psicoterapeuta Leo Fraiman, durante o GEduc. Em sua palestra, Fraiman pontuou que um trabalho baseado no projeto de vida considera o modo como as competências socioemocionais atuam no desenvolvimento da inteligência emocional e na capacidade de os indivíduos viverem bem consigo e em sociedade, fazendo com que alunos e professores experenciem uma vida com sentido e propósito.
“A escola precisa ser um lugar mais alegre”, disse o psicoterapeuta. “Eu acredito que o amor é o maior ato de coragem atualmente. Para tal, a sugestão é colocar no coração do aluno que se acredita nele e que ele é amado, de alguma forma. Isso é socioemocional e o Projeto de Vida é um compromisso de ser um guardião da vontade de viver”, complementou Fraiman. A palestra compôs a programação do III Fórum de Habilidades Socioemocionais, que trouxe para o GEduc 2024 um debate consistente sobre a importância do cuidado com a saúde mental dos alunos e educadores.
A Inteligência Artificial (IA) também pode ser considerada uma pauta prioritária da agenda dos gestores. Isso porque 61,5% dos respondentes não têm utilizado a IA de forma direcionada. Outro gargalo que pode ser observado refere-se às parcerias entre organizações da Educação Básica e do Ensino Superior. No caso das Instituições de Ensino Superior (IES), apenas 14,5% dos respondentes possuem parceria com escolas de Educação Básica, visando melhores resultados acadêmicos. Já as escolas de Educação Básica estão mais bem direcionadas nesse sentido, já que 36,8% delas possuem parcerias com as IES.
Considerando uma perspectiva mais positiva do cenário, a maioria das instituições (73,5%) têm utilizado dados para ajudar a delinear as ações pedagógicas e curriculares e, além disso, as práticas para a educação especial e inclusiva estão estruturadas para 73,5% delas.
Outro número que chama atenção se refere a “guerra do ticket”. A partir dos dados coletados, 45,3% das instituições de ensino demonstraram que se sentem ameaçadas pelo mercado cada vez mais concorrido e concentrado nos grandes grupos que atuam no cenário educacional.
Educação por essência: construindo trajetórias
Organizado pela HUMUS, o GEduc 2024 alcançou em sua 22ª edição números inéditos: ao todo, foram mais de 1.366 congressistas e visitantes inscritos, além de 1.600 pessoas presentes durante os três dias de evento. O congresso contou com a presença de 67 empresas expositoras e mais de 80 palestrantes. Grande parte dos participantes era de lideranças do segmento da educação, que refletiram e analisaram sobre as principais dificuldades vividas pelas instituições de ensino básico e superior, propondo soluções para esses problemas.
Palestras de Miguel Falabella, Luciano Szafir, Carolina Costa Cavalcanti, Junior Borneli, e George Stein foram alguns destaques da programação com reflexões importantes sobre inovações e tendências do cenário educacional brasileiro.
Além dos fóruns de discussão com temas variados como gestão de pessoas, ESG e inteligência de dados, o evento também teve mentorias exclusivas para congressistas com ingresso VIP e teve a 1ª edição do Encontro de Secretários de Educação com a presença do Fernando Padula Novaes, Secretário Municipal de Educação de São Paulo, entre outros nomes da área.
Durante o evento houve ainda a Cerimônia de Premiação do PNGE – Prêmio Nacional de Gestão Educacional, que incentiva boas práticas realizadas pelas instituições educacionais. Nesta edição de 2024, 18 escolas e IES tiveram suas práticas premiadas após uma criteriosa análise da Comissão Avaliadora.
Para a CEO da HUMUS, Sonia Colombo, o GEduc 2024 deu luz às principais dores contemporâneas vividas pelos gestores em suas escolas e universidades. "Debatemos estratégias para solucionar problemas e aperfeiçoar processos, com vieses pedagógicos, organizacionais, financeiros, tecnológicos e de relacionamento com os alunos/comunidade”, afirma Sonia.
Sobre o GEduc – O principal congresso de gestão educacional do país acontece há 22 anos, reunindo os mais importantes players da área para dias de imersão que envolvem palestras e debates de alto nível. O evento é promovido pela HUMUS, empresa que realiza capacitações para gestores de universidades e escolas, além de possuir soluções em consultoria e seleção de profissionais – serviços também exclusivos para o segmento educacional. Com palestrantes de renome, o GEduc é um evento fundamental para os gestores educacionais brasileiros.
Mira Comunicação
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