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Uma janela para o novo - A neurociência nos negócios e relacionamentos

O tema nos propõe enfrentar o desafio de reconhecer as abordagens atuais da neurociência entrando no mundo corporativo dos negócios, onde podemos verificar e apontar seus impactos nas organizações com foco no relacionamento com nossos colaboradores, parceiros, clientes, fornecedores e o reflexo desses relacionamentos na nossa imagem no mercado e no mundo dos negócios. Assim, a neurociência converge de uma maneira competente, abrindo UMA JANELA PARA O NOVO. Um desafio para os gestores em geral, independentemente da atividade econômica.


Nessa janela para o novo, em que conseguimos explorar as relações fundamentais entre corpo, mente e cérebro, destacamos que é preciso alinhar, mesmo nas decisões mais radicais, o nosso repertório com as memórias afetivas. E, assim, reconhecer, como já sugeriu Antônio Damásio, um cérebro muito mais uno do que trino.


Dotados de imensa capacidade cognitiva, analítica, racional e aliados aos processos instintivos e afetivos, conseguimos expressar nossa maneira de ser por meio das nossas escolhas, ações e decisões. Mas é de extrema importância entender a complexidade do cérebro, bem como as memórias inatas ou adquiridas que vão delinear nossa imagem.

É clara a importância que devemos dar à nossa conduta pessoal, nossa postura profissional, nossos relacionamentos no ambiente de trabalho, bem como nossas escolhas, decisões e ações. É essencial saber o quanto é importante fazer a diferença. Para isso, é preciso que utilizemos o tempo para crescer com objetivos seguros e transparentes. Precisamos ser referência. Precisamos ter coragem para enfrentar o novo, o diferente, as diversidades.


Precisamos ser competentes para cumprir as metas traçadas com segurança. Precisamos ter tolerância, honestidade, autoconfiança e amor pelo que fazemos. Para termos sucesso e conseguirmos enxergar e abrir essa janela para o novo, precisamos:


Descobrir – tendências, cenários e desenvolvimento de ferramentas para enfrentar e saber lidar com a neurociência como instrumento para o mundo corporativo. Ferramentas capazes de planejar, organizar, encontrar e desenvolver talentos e lideranças.


Atrair – ser transparentes em nossas ações e promessas junto aos nossos colaboradores.


Alinhar – proporcionar engajamento dos colaboradores para manter o equilíbrio da organização. Alinhar e administrar a coexistência das diferentes gerações na instituição: os tradicionalistas, os baby boomers, as gerações X, Y e as demais.


Realizar – buscar proximidade com os membros da organização para vencer obstáculos.


Avançar – estar em constante aprendizagem. Buscar sempre a formação continuada e garantir um bom desempenho nas organizações.


O Saber não é apenas conhecer dados e obter informações. Saber, em tempos de mudança, é, além de conhecer dados, obter informações, títulos, buscar soluções, agir, produzir, criar, inventar e também conhecer a forma como o nosso cérebro percebe o mundo e orienta nossas escolhas.


Os gestores devem buscar, em tempos de mudança, uma metodologia de trabalho que privilegie o aprender e o saber contínuos. Para isso, não podemos deixar de reconhecer a neurociência como sendo um campo imprescindível na gestão dos negócios e na formação do conhecimento.


Não é uma tarefa tão simples de ser realizada e requer esforço e mobilização de todos.

O Saber que não busca soluções e ações eficientes relacionadas ao mundo real está sem foco no objetivo e consequentemente não produzirá os resultados desejados.


O gestor deve ser capaz de transformar todo o seu conhecimento e todas as informações que adquirir em ações concretas com a aplicabilidade no SABER partilhado.


Entender o complexo sistema nervoso, a aplicação da neurociência e suas diversas funcionalidades torna-se, hoje, uma ferramenta imprescindível para a percepção do mundo.

O gestor deve estar focado no futuro e não trabalhar e demandar esforços para “apagar incêndios” diários sem nenhuma perspectiva de avanço.


O gestor deve buscar conhecer o cérebro e os sentidos que provocam a capacidade de junção de informações das mais diversas que, com ações conjuntas, demonstram articulação para o enfrentamento de situações complexas.


O gestor que trabalha com o SABER contínuo e se considera um eterno aprendiz compreende que todo o resultado presente e futuro é consequência de ações desafiadoras que modificam o percurso do processo. As ações desafiadoras e suas responsabilidades são assumidas em equipe. E, para conseguir um melhor desempenho, é necessária uma visão integradora do conhecimento e do SABER partilhado. Um SABER além do conhecimento e das informações.


Um SABER que se forma a partir de problemas para resolver, de situações que necessitam de ações desafiadoras, em que é necessário interagir com o outro, desenvolver estratégias de ação, utilizar a criatividade e assim produzir uma solução.


Assim, o gestor utilizará o complexo mecanismo de percepção do mundo a partir dos sentidos dentro de um processo de decisão que possa estabelecer relações com sua equipe. Essas relações permitem modificar os acontecimentos, concentrando os esforços para o futuro, mediante sua capacidade de ação. Isso mesmo, para o futuro.


O gestor “aprendiz” é aquele que visualiza as situações e as variáveis relevantes, oferecendo oportunidades para que cada um da sua equipe se sinta parte e realizado.


Portanto, o “gestor aprendiz” é elemento fundamental e vital em uma organização.


Sua liderança “aprendiz” determinará o sucesso, ou mesmo a sobrevivência, da instituição. Pois a qualidade da sua atuação e a sua liderança constituem a única vantagem efetiva dentro de uma economia extremamente competitiva.


As metas são atingidas desde que conhecidas e explicitadas pelos líderes. A equipe deve ser treinada para se sentir confiante e deve ter todas as ferramentas necessárias para a execução das tarefas que lhe serão atribuídas.


Se não proporcionamos aos nossos colaboradores condições e ferramentas necessárias para desenvolver um bom trabalho, eles não terão fatores motivadores para prosseguir com confiança.


Para que haja motivação e autonomia continuada, é preciso estabelecer metas de desempenho. Reconhecer os projetos concluídos, as ideias apresentadas e valorizar o trabalho individual e coletivo.


Vamos apreciar os esforços dos nossos colaboradores elogiando-os, o que é uma maneira eficaz de motivá-los.


A motivação faz com que possamos continuar existindo e atingindo nossos objetivos.

Para enxergar o novo e aceitá-lo, é necessário criatividade, comprometimento, gostar do que faz: “Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com medo das picadas das abelhas” (Shakespeare).


“O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas um lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quanto o destino” (John Schaar).




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